Podcast Pra Gente: como a cultura forte é fundamental em momentos de crise

Marly Vidal, Diretora de Recursos Humanos do Sabin, explica como as empresas devem se comportar nesse momento para se preparem para o pós-crise

O valor da cultura forte dentro das organizações foi colocado à prova diante da pandemia de covid-19. Nesse cenário, o resultado claro é que ela se tornou um dos requisitos para reagir com a agilidade, precisão e coerência que uma crise sem precedentes como essa exige.

Sendo assim, no quarto episódio da temporada de estreia do podcast “Pra Gente”, dentro da série especial de conteúdos em comemoração ao Dia do RH, o Vice-Presidente da LG lugar de gente e apresentador do programa, Felipe Azevedo, recebeu a Diretora de Recursos Humanos do Sabin, Marly Vidal, para tratar da influência da tecnologia e da cultura forte em momentos de mudança.

A liderança e a cultura forte

Com os impactos da crise e a necessidade das empresas de implementar mudanças drásticas, que levariam meses de planejamento, em curtos espaços de tempo, Felipe Azevedo entende que a cultura organizacional assumiu ainda mais relevância.

Felipe Azevedo cultura forte
Felipe Azevedo, Vice-Presidente na LG lugar de gente

“Acho que é o momento realmente de reforçar os valores organizacionais, ainda mais a cultura. O líder tem um papel cada vez mais importante reforçando e intensificando a comunicação, seja presencialmente ou por meios virtuais”, pontua.

Nesse sentido, Marly Vidal avalia que as empresas que alimentavam essa característica antes do surto de covid-19 têm potencial para reagirem melhor à urgência da situação.

“Eu diria que as empresas que têm uma cultura forte talvez consigam respostas mais rápidas a suas estratégias nesse momento de incerteza. Isso porque elas conseguem ter um time engajado”, explica.

Em suma, isso implica em equipes mais alinhadas, algo que a especialista acredita ser diretamente proporcional à qualidade da comunicação entre líderes e funcionários.

“O líder é um treinador, um orientador, mas também está ali jogando, no meio do campo, envolvido. Ou seja, as pessoas estão vendo esse engajamento e isso faz toda a diferença. Temos líderes engajados, com credibilidade e isso também vem da construção de uma cultura forte”, comenta.

Práticas para o fortalecimento

De fato, a cultura forte precisa ser construída e alimentada ao longo do tempo. Esse é um dos fatores que torna fundamental a capacidade de comunicar essas práticas do nível executivo até o operacional.

Como exemplo, Marly cita o caminho seguido pela Sabin, que atua na área de saúde, em meio à pandemia. Antes de exigir que seus colaboradores estivessem na linha de frente do combate, a organização garantiu que todas as medidas de segurança possíveis fossem estabelecidas e transmitidas a seus membros.

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Além disso, foi necessário isolar funcionários que eram parte do grupo de risco, garantindo que o propósito da empresa de inspirar pessoas a cuidarem umas das outras fosse claro em suas ações.

Outra cautela foi a de garantir que a comunicação fosse unilateral, ouvindo as necessidades dos colaboradores no processo de tomada de decisões ágeis.

Como resultado, a Diretora de Recursos Humanos conta que ações que poderiam fazer parte de um planejamento para o fim do ano foram executadas em questão de dias. “Isso porque conseguimos estar alinhados, tomar decisões rápidas e ter um time engajado para executar e para fazer acontecer”, completa.

Momento favorável à transformação

Se a crise impõe mudanças, ela também é um momento favorável para a revisão de comportamentos e práticas em busca da evolução necessária para tirar proveito do cenário futuro, ainda que ele seja incerto.

“Na crise que ainda estamos vivendo, buscamos em todas as nossas práticas o que aprender com tudo isso. Precisamos evoluir para um processo de transformação que talvez seja o novo normal”, ressalta Marly.

Para ela, o momento atual é favorável à construção de uma cultura forte por exigir uma nova relação com a tecnologia.

“O que nós mais ouvíamos como RH nos últimos anos é exatamente a transformação digital. E nós sabíamos que ela só acontece pela transformação cultural. O que foi acelerado é exatamente esse entendimento das pessoas de olhar para a tecnologia e ver que ela não mata seus trabalhos ou seu papéis; ela facilita”, argumenta.

Marly Vidal cultura forte
Marly Vidal, Diretora de Recursos Humanos do Sabin

Na verdade, a especialista frisa que o mercado saiu de uma realidade em que determinadas áreas viam novas tecnologias como ameaças e ferramentas irrelevantes para uma totalmente aberta às novas possibilidades diante dos obstáculos que surgiram.

Mesmo assim, o que se espera é o uso das condições em favor da transformação para a adoção de uma nova postura. “Ainda temos uma cultura do controle e precisamos mudar para uma cultura de resultado. Não é estando presente no ambiente que você prova que é um profissional de resultado, engajado. Hoje, as pessoas demonstram pela confiança e pelo resultado em si”, esclarece Marly.

Seguindo em frente

Para Felipe Azevedo, o momento realmente é propício para que as empresas se aproximem de seus colaboradores e reforcem os valores organizacionais, em especial a cultura. Sendo assim, Marly e ele dão algumas dicas para tirar lições desse período difícil:

1 – Aposte na liderança

Diante da necessidade de fazer com que essa cultura forte seja disseminada, o Vice-Presidente da LG lugar de gente e apresentador do “Pra Gente”, recomenda a atenção especial com a comunicação de valores e o fortalecimento de líderes.

“Sabemos que nas melhores empresas para se trabalhar um dos pilares fundamentais é uma liderança forte e admirada como o Sabin tem”, exemplifica.

2 – Leve o presencial para o digital

Outro ponto que fala alto a favor do cuidado da organização com sua força de trabalho é a tradução de rotinas presenciais, voltadas para a experiência do colaborador, para o ambiente virtual.

“É fundamental que continuem nesse momento a manter os itens que são valorizados dentro da sua cultura, do seu ambiente”, ressalta.

3 – Multiplique o papel do RH

Já Marly Vidal reforça a necessidade de multiplicar o número de defensores da cultura organizacional para fora dos limites da gestão de pessoas.

“Nós temos um papel importante, mas não só o RH. Dentro da organização conseguimos ter vários embaixadores da cultura. Isso faz com que verdadeiramente ela se dissemine e aconteça na atitude das pessoas”, destaca.

4 – Acredite no futuro

Por fim, a Diretora de Recursos Humanos do Sabin afirma que é preciso acreditar no futuro pós-pandemia e trabalhar o momento atual como um berço de aprendizados apesar dos desafios.

“Sabemos que enfrentaremos muitas dificuldades. Mas como podemos olhar com otimismo e entender mais uma vez que conseguiremos sair desse cenário? Com uma equipe engajada, uma liderança que verdadeiramente influencie, direcione, estabeleça uma relação humana com seu time, que consiga direcionar e traduzir as estratégias para o colaborador cada vez mais”, completa. 

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leticia.almeida

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