Geração Z exige que empresas revejam suas políticas de RH

Veja como a Biomtech, empresa de tecnologia para reconhecimento facial, vem fazendo a gestão dos jovens profissionais

Cada vez que uma geração entra no mercado de trabalho, as empresas, em especial os RHs, precisam aprender a lidar com o novo perfil dos talentos e identificar a melhor maneira de atrair, capacitar, desenvolver e reter esses profissionais. Com a chegada da geração Z não é diferente. Composta por pessoas que nasceram em um mundo digital, conectado, móvel e que nunca viveu sem internet, os jovens trabalhadores podem representar um grande desafio para a gestão de pessoas das companhias.

Segundo Sidnei Oliveira, especialista em conflito de gerações, estamos lidando com uma geração hipercognitiva, capaz de viver, ao mesmo tempo, múltiplas realidades, presenciais e digitais. Para ele, no momento atual, muitas características dos jovens talentos são potencializadas pela tecnologia.

geração Z

O especialista também acredita que as organizações estão evoluindo e criando uma “consciência maior de que há uma nova relação do indivíduo com o trabalho”. E as companhias não possuem alternativa. De acordo com uma análise feita pela empresa de tecnologia de dados Bloomberg, com informações da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2019, a geração Z representará 32% da população global de 7,7 bilhões de pessoas.

Atraindo a geração Z

Diferentemente das demais, Sidnei afirma que a Z não se atrai apenas pelo cargo, salário ou tamanho da empresa. “As outras gerações já estavam começando a mudar isso, mas na Z esse cenário fica mais claro. Oferecer apenas bons benefícios não faz sentido para os jovens talentos. Eles se atraem pelo propósito da companhia, avaliam os valores, os desafios proporcionados e consideram ainda o quanto a sua participação será importante para que a organização alcance algum de seus objetivos”, explica.

Sidnei Oliveira, especialista em gerações

Mas como as empresas podem se adaptar? Sidnei afirma que essa forma é um pouco mais líquida e ainda não tem estrutura conhecida. “As companhias precisam conhecer seu colaborador para promover as mudanças. Organizações bem-sucedidas têm gastado mais energia com cultura organizacional reforçando seus propósitos e valores para os jovens se alinharem”, ressalta o especialista.

Para Sidnei, nesse cenário, o RH tem o importante papel de desenvolver os líderes para lidarem com a nova geração. “Tenho defendido a remodelação da gestão para que ela se torne mais colaborativa e menos coletiva (na qual existe um responsável por área). O gestor, mais do que nunca, deve exercer a liderança de delegação e não de controle excessivo. É preciso ampliar a visão do líder para que ele foque no desenvolvimento de competências e de atitudes, também será preciso desenvolver a maturidade desses jovens”, destaca ele.

Outra mudança que essa geração exige do modelo de gestão, é na forma de dar feedback. Segundo o especialista, saímos do modelo de “vamos discutir a relação”. “Agora os jovens querem algo instantâneo, transparente, rápido e objetivo. A geração Z também exige coerência: se o gestor não pratica o que exige, os jovens profissionais ignoram”, afirma Sidnei.

Gestão da nova geração

A Biomtech no Brasil, empresa de tecnologia para reconhecimento facial, já vem enfrentando o desafio de fazer a gestão de jovens profissionais. De acordo com Paulo Ottoni, CEO da Biomtech, 90% dos colaboradores da companhia fazem parte da geração Z e a área de recursos humanos precisou se adaptar. “A política de RH é totalmente diferenciada. Esse profissional não tem o interesse em fazer carreira. Ele deseja se especializar em uma parte do processo de desenvolvimento ou do projeto e seguir carreira solo”, afirma.

Outro ponto destacado por Paulo é a forma de contratação que chama atenção da geração Z. “São profissionais que gostam de trabalhar em horários diferenciados. Muitas vezes, eles preferem virar a noite ou passar o final de semana concentrado em um projeto e não trabalhar nos próximos dias, do que se enquadrar em um regime de horário corporativo. Eles não veem a necessidade de estarem fisicamente na empresa e gostam de trabalhar por demanda e não pelo vínculo empregatício”, ressalta.

Para os profissionais que trabalham presencialmente na Biomtech, Paulo revela que a empresa criou um espaço físico diferenciado para aumentar a produtividade. “Em um de nossos setores de desenvolvimento, as paredes são pintadas de preto, onde é feito o brainstorm. A concentração no processo de criação e na discussão de ideias é levada muito a sério e todos podem participar”, explica ele.

Paulo conta ainda que, para fazer a gestão desses profissionais, a empresa utiliza o scrum. “Por meio desse sistema, os projetos são divididos em ciclos formados por um conjunto de atividades. Assim, cada parte envolvida sabe qual o momento de agir e as entregas são controladas de forma a cumprir um cronograma macro”, finaliza.

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Caroline Fernandes

Caroline Fernandes

Relações Públicas por formação, há mais de 7 anos estudando sobre RH, inovação e a tecnologia como catalisadora para aprimorar os processos de gestão do capital humano. Inspirada pela filosofia de Simon Sinek, acredito que entender de pessoas é entender de negócios. Junte-se a mim para explorarmos como elevar a gestão de pessoas e negócios a novos patamares.

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