Soft e hard skills: de quais habilidades as empresas precisam?

Confira as competências que estão em alta em estudo realizado pelo LinkedIn

O mundo VUCA (do inglês, volatility, uncertainty, complexity and ambiguity), está mudando a realidade das companhias. Com o avanço da quarta revolução industrial, à medida que as tecnologias que envolvem automatização de processos e inteligência artificial criam novos empregos e eliminam ou transformam outros, os empregadores estão exigindo um mix maior de competências dos colaboradores. É o que revela o estudo “The Skills Companies Need Most in 2019 – And How to Learn Them” realizado em 2018 pelo LinkedIn para verificar as habilidades de que as empresas precisam.

Milton Beck, Diretor Geral do LinkedIn para a América Latina

De acordo com Milton Beck, Diretor Geral do LinkedIn para a América Latina, a lista é composta por habilidades que possuem alta demanda em relação à sua oferta. “A pesquisa trouxe como principal conclusão que as habilidades técnicas relacionadas à inteligência artificial (IA) e a ciência de dados estão em alta como nunca. No entanto, competências comportamentais também serão cada vez mais necessárias, principalmente para ajudar a humanizar a relação entre empresa e colaborador, cliente ou fornecedor”, ressalta.

Soft skills em destaque

De acordo com o estudo, a ascensão da IA está apenas tornando as habilidades interpessoais cada vez mais importantes, já que são, precisamente, o tipo de competências que os robôs não podem automatizar. O levantamento revela que 57% dos líderes seniores dizem que as soft skills são mais importantes que as hard siklls.

Confira as cinco habilidades interpessoais em alta, segundo a pesquisa:

  1. Criatividade: embora os robôs estejam conquistando espaço nas empresas e a inteligência artificial seja uma ótima oportunidade para otimizar processos, as companhias precisam cada vez mais de funcionários criativos para colocar em prática novas soluções e, ao mesmo tempo, humanizar as relações.
  2. Persuasão: ter um ótimo produto, plataforma, serviço ou conceito é importante, mas o segredo é persuadir as pessoas a acreditarem nisso, oferecendo uma boa experiência.
  3. Colaboração: à medida que os projetos se tornam cada vez mais complexos e globais na era da inteligência artificial, a colaboração efetiva só se torna mais necessária.
  4. Adaptabilidade: uma mente adaptável é uma ferramenta essencial para o mundo atual em constante mudança, já que as soluções de ontem não resolverão os problemas de amanhã.
  5. Gerenciamento de Tempo: essa é uma habilidade atemporal, pois gerenciar o tempo hoje servirá o resto da sua carreira. “Além disso, vale lembrar que cada vez mais é comum cargos que acumulam diversas funções, o que requisita do profissional uma priorização de suas tarefas”, reforça Milton.
habilidades de que as empresas precisam

Hard skills em crescimento

Milton ressalta que as habilidades técnicas listadas refletem o impacto de um mundo cada vez mais automatizado, focado em melhorar a experiência digital dos colaboradores e clientes. Entre as 25 competências apontadas no estudo, o diretor destaca as cinco principais:

  1. Cloud Computing: à medida que o mundo corre em direção à nuvem, as empresas estão procurando por profissionais que tenham as habilidades para acomodar essa demanda.
  2. Inteligência Artificial: não há mais como fugir, estamos na era da IA.
  3. Raciocínio Analítico: conforme coletam mais dados, as empresas estão sedentas por profissionais que possam tomar decisões inteligentes com base neles.
  4. Gestão de Pessoas: o mundo mudou de um modelo de “comando e controle” para líderes que possam treinar e empoderar, um conjunto de habilidades que poucos profissionais possuem.
  5. Design baseado em experiência do usuário: essa é a chave para fazer um mundo digital funcionar bem para os seres humanos.

Desenvolvendo habilidades

Milton acredita que as empresas podem e devem desenvolver as competências listadas no estudo nos profissionais que já fazem parte do seu quadro de colaboradores. “Isso pode ser feito por meio de diversas iniciativas, seja um treinamento, um curso, mentorias ou feedbacks regulares. No LinkedIn, também temos duas ferramentas que podem ajudar. A primeira é o LinkedIn Learning, uma plataforma de cursos on-line dentro da própria rede social, na qual os profissionais têm acesso a milhares de cursos, tanto de soft como de hard skills. Ao final do curso, ainda é possível adicionar um certificado ao seu perfil”, explica.

Para o Diretor Geral do LinkedIn, o RH tem um papel essencial nesse cenário. “O profissional de recursos humanos não só deve procurar por candidatos com essas habilidades, mas também investir em seu corpo de funcionários atual, dando suporte para atualização e até mesmo devolutivas ou mentorias de como essas habilidades podem ser alcançadas. Isso é importante não apenas para que o colaborador atenda às expectativas da companhia, mas, principalmente, para contribuir com seu crescimento em sua carreira como um todo”, finaliza.

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Caroline Fernandes

Caroline Fernandes

Relações Públicas por formação, há mais de 7 anos estudando sobre RH, inovação e a tecnologia como catalisadora para aprimorar os processos de gestão do capital humano. Inspirada pela filosofia de Simon Sinek, acredito que entender de pessoas é entender de negócios. Junte-se a mim para explorarmos como elevar a gestão de pessoas e negócios a novos patamares.

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