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Impactos da reforma trabalhista: o que mudou na folha de pagamento?

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A legislação trabalhista está em constante evolução para acompanhar as transformações do mercado. Mas como essas mudanças afetam o departamento de RH na prática? Quais os impactos da reforma trabalhista na folha de pagamento?

Desde a reforma de 2017, diversos pontos da CLT foram flexibilizados para refletir a realidade das empresas e dos profissionais. Ainda assim, muitas regras seguem em debate e podem passar por novas atualizações em 2025 e nos anos seguintes.

Portanto, o RH precisa estar preparado para se adaptar. Manter os processos reestruturados, revisar contratos e assegurar o cumprimento das obrigações legais virou parte essencial da rotina.

Para não ficar para trás, continue a leitura para entender as principais alterações, consequências e desafios, além de como a tecnologia é indispensável para garantir regularidade, eficiência e segurança.

Principais aprendizados deste artigo:

  • A reforma trabalhista mudou diversos aspectos da CLT para promover maior flexibilidade nas relações de trabalho, ampliar possibilidades contratuais e fortalecer os acordos entre empresas e colaboradores.
  • Entre os impactos da reforma trabalhista na folha de pagamento, destacam-se a exclusão de certos pagamentos da base de cálculo de encargos, ajustes no controle da jornada e novas condições para rescisões.
  • Outras mudanças na CLT para o RH também afetam a gestão dos bancos de horas, das escalas de trabalho, dos registros de ponto e dos prazos legais.
  • Desafios práticos incluem a necessidade de personalizar contratos conforme o tipo de vínculo, manter um arquivo rigoroso de documentos e assegurar a conformidade legal em equipes com perfis contratuais diversos.
  • A tecnologia se tornou fundamental para acompanhar a legislação atualizada, automatizar cálculos, integrar sistemas de RH e fortalecer segurança jurídica no processamento da folha de pagamento.

O que mudou com a reforma trabalhista?

A reforma trabalhista de 2017 modernizou a CLT para refletir as novas dinâmicas do mercado. A legislação flexibilizou diversas regras e fortaleceu o poder de negociação entre empresas e funcionários, com alterações em pontos da relação de trabalho no país.

As principais modificações incluem:

  • flexibilização do banco de horas por acordo individual;
  • regulamentação do trabalho intermitente;
  • prevalência de acordos coletivos sobre a legislação em pontos específicos;
  • novas modalidades de contrato, como home office e autônomo;
  • possibilidade de fracionar as férias em até três períodos;
  • fim da obrigatoriedade da contribuição sindical;
  • ampliação das normas para terceirização, inclusive para a atividade-fim;
  • criação da rescisão de contrato por comum acordo;
  • revisões na jornada de trabalho, como a modalidade 12×36;
  • novos critérios para equiparação salarial;
  • ajustes no intervalo de almoço, que pode ser reduzido.

Leia também: Quais as mudanças na CLT em 2025? Como preparar sua empresa?

Quais são os impactos da reforma trabalhista na folha de pagamento?

As atualizações trouxeram impactos práticos e imediatos na forma como o RH calcula a remuneração dos colaboradores. Veja os pontos que mais requerem atenção.

Encargos sobre a remuneração

Uma das principais mudanças foi a exclusão de prêmios e ajudas de custo da base de cálculo salarial. Os pagamentos não habituais agora têm caráter indenizatório, o que significa que não geram mais encargos trabalhistas, como INSS e FGTS.

O que o RH precisa ajustar:

  • classificar corretamente as verbas variáveis (prêmios, abonos) para evitar que sejam consideradas salário;
  • documentar as políticas de premiação para comprovar que estão atreladas a um desempenho excepcional;
  • atualizar o software de folha de pagamento para diferenciar pagamentos salariais de indenizatórios.

Jornada de trabalho e tempo à disposição

A reforma flexibilizou a jornada 12×36 e permitiu a redução do intervalo de almoço para 30 minutos por meio de acordo.

Além disso, o tempo gasto em deslocamento (in itinere) ou na troca de uniforme não é mais considerado como jornada, como acontecia em casos específicos.

O que o RH precisa ajustar:

  • formalizar acordos individuais por escrito para a redução do intervalo intrajornada;
  • garantir que o sistema de ponto registre apenas o tempo efetivamente trabalhado;
  • pagar o tempo de intervalo suprimido como verba indenizatória, sem reflexos em outras parcelas.

Compensação do banco de horas

Antes, o banco de horas só podia ser adotado por meio de acordo ou convenção coletiva, com prazo de até um ano para compensação.

Agora, um dos impactos da reforma trabalhista é que a empresa pode aplicar o banco de horas por acordo individual escrito, com prazo de até seis meses para compensar as horas. Se o acordo for tácito (verbal), o prazo é de um mês.

O que o RH precisa ajustar:

  • configurar regras diferentes de compensação no sistema de ponto e folha;
  • controlar os prazos de vencimento das horas para evitar pagamento de horas extras;
  • registrar acordos por escrito e arquivá-los adequadamente.

Jornada intermitente e pagamento proporcional

O contrato intermitente permite contratar colaboradores apenas quando houver demanda, com pagamento proporcional ao tempo trabalhado, incluindo férias, 13º, DSR e encargos.

O que o RH precisa ajustar:

  • criar um fluxo de convocação com prazos e confirmação formal;
  • calcular e pagar todos os direitos proporcionais logo após cada ciclo de trabalho;
  • usar soluções tecnológicas que suportem o modelo intermitente.

Rescisão de contrato e prazos

A reforma criou a rescisão por comum acordo, com normas distintas para o cálculo de verbas, como aviso-prévio e multa do FGTS.

Além do mais, o prazo para o pagamento de qualquer tipo de rescisão foi unificado para 10 dias, o que simplificou o processo para as equipes de Recursos Humanos.

O que o RH precisa ajustar:

  • adaptar o sistema de folha digital para calcular corretamente as verbas de rescisão por acordo;
  • assegurar que os acordos sejam documentados e consensuais para evitar questionamentos futuros;
  • padronizar o cronograma de desligamento para cumprir o prazo único de 10 dias para o pagamento.

Lembre-se de que esses são apenas exemplos dos impactos da reforma trabalhista na folha de pagamento. Cada empresa ou setor de RH deve avaliar sua realidade e se adaptar conforme suas particularidades e normas aplicáveis.

Desafios práticos da reforma trabalhista e folha de pagamento

A reforma trabalhista e a folha de pagamento caminham juntas, inclusive nos desafios. A modernização das leis, portanto, aumentou a complexidade da rotina do RH e do Departamento Pessoal.

  • Contratos mais personalizados: cada modalidade de contratação exige cláusulas sobre jornada, remuneração, funções e reembolsos. Modelos genéricos já não dão conta da complexidade atual;
  • Controle documental rigoroso: acordos coletivos, convocações, rescisões, banco de horas e concessão de férias fracionadas precisam estar documentados, assinados e arquivados corretamente;
  • Integração de sistemas: as regras de jornada e compensação exigem que ponto, folha e escalas conversem entre si. Automatizar cálculos e configurar condições específicas para cada colaborador virou uma necessidade;
  • Regimes diferentes na mesma equipe: é comum uma equipe ter contratos CLT, intermitentes, autônomos e terceirizados ao mesmo tempo. Cada vínculo tem obrigações distintas, o que demanda controle individualizado;
  • Mais responsabilidade e risco jurídico: com mais liberdade contratual, também aumenta o risco de erros legais. Um contrato mal redigido ou um pagamento fora do prazo pode gerar ações trabalhistas e prejuízos financeiros.

Quem acompanha as mudanças na CLT para o RH, adapta processos e investe em tecnologias que garantem regularidade e evitam dores de cabeça no futuro.

Como a tecnologia contribui para a adaptação à legislação trabalhista atualizada?

Com todos os desafios e impactos da reforma trabalhista, contar com softwares confiáveis de folha de pagamento deixou de ser uma vantagem. Agora, é uma necessidade.

Soluções modernas, como o Gen.te Recebe – Folha de Pagamento, oferecem recursos que influenciam diretamente a gestão da folha, como:

  • conformidade legal assegurada: acompanham os ajustes na legislação, incluindo normas por tipo de contrato, acordos coletivos e exigências do eSocial;
  • cálculos automatizados e programáveis: processam a folha com base em regras parametrizadas, o que evita erros manuais, divergências em encargos e inconsistências jurídicas;
  • visualização de dados em tempo real: apresentam dashboards e relatórios interativos que ajudam a identificar erros e a acompanhar indicadores estratégicos para tomada de decisão;
  • gestão de múltiplos regimes e contratos: permitem administrar diferentes tipos de vínculos (CLT, intermitente, autônomo, home office) em uma única plataforma, com critérios para cada colaborador;
  • integração com plataformas legais e governamentais: automatizam o envio de informações para o eSocial, permitem acompanhar notificações legais e reduzem o risco de penalidades trabalhistas.

Em resumo, ter uma plataforma robusta não apenas mantém a conformidade com a legislação atualizada, mas também gera agilidade, precisão e tranquilidade no dia a dia.

Quer modernizar sua folha de pagamento com segurança e se preparar de verdade para a reforma trabalhista em 2025 e o que vier depois?

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Perguntas frequentes sobre as mudanças na CLT para o RH

Quais são os principais impactos da reforma trabalhista na folha de pagamento?

A reforma alterou regras de cálculo salarial, encargos e jornada, o que exige mais controle por parte do RH. Novos contratos, acordos individualizados e prazos impactam diretamente o processamento da folha e demandam atualização nos sistemas e processos internos.

O que mudou nos encargos e adicionais após a reforma trabalhista?

Pagamentos não habituais, como prêmios e ajudas de custo, passaram a ter natureza indenizatória, o que reduz tributos como INSS e FGTS. Portanto, o RH deve se atentar à classificação correta para evitar encargos indevidos e garantir conformidade legal.

Como a jornada intermitente influencia o fechamento da folha?

O modelo intermitente exige cálculo proporcional de salário e benefícios a cada prestação de serviço. O RH precisa registrar convocações, controlar períodos trabalhados e efetuar pagamentos completos ao final de cada ciclo, com precisão e agilidade.

Quais cuidados o RH deve ter para se adaptar à legislação trabalhista atualizada?

É essencial formalizar acordos, personalizar contratos, atualizar sistemas de ponto e folha de pagamento, além de manter registros organizados. A diversidade de vínculos na equipe requer atenção individualizada para evitar riscos legais e falhas.

Como a tecnologia pode ajudar no cálculo correto da folha após a reforma?

Soluções digitais automatizam rotinas, aplicam regras atualizadas da legislação trabalhista e integram dados de jornada, encargos e contratos. Assim, a tecnologia reduz erros manuais, assegura conformidade com o eSocial e traz mais eficiência no fechamento da folha de pagamento.

Foto de Flaviane Paiva

Flaviane Paiva

Gerente de Marketing da LG lugar de gente, jornalista por formação, com mais de 15 anos de experiência acompanhando as transformações da tecnologia aplicada à gestão do capital humano. Ao longo dessa trajetória, tenho liderado times, enfrentado desafios diversos e me aprofundado em temas de liderança, o que me levou a concluir um MBA em Liderança Estratégica.

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