Compartilhe

Imposto de Renda 2026: novas faixas, isenção e impactos na folha de pagamento

Avalie o artigo

O próximo ano marca uma transformação histórica na tributação sobre a renda no Brasil, especialmente com as mudanças relacionadas ao Imposto de Renda 2026, que impactam diretamente a rotina das empresas e o bolso dos colaboradores. 

A nova tabela do Imposto de Renda 2026, sancionada em novembro de 2025, cumpre a promessa de isenção para quem ganha até R$5.000,00 e introduz um mecanismo de redução progressiva para outras faixas salariais. 

Para gestores e profissionais de Recursos Humanos, essas mudanças não representam apenas um ajuste de alíquotas, mas exigem uma revisão estratégica dos processos de folha de pagamento e planejamento orçamentário.

Com a entrada em vigor das novas regras em 1º de janeiro de 2026, o RH assume o protagonismo na adequação dos sistemas e na comunicação transparente com os colaboradores. A complexidade do cálculo aumentou para determinadas faixas salariais, e a conformidade legal torna-se ainda mais crítica para evitar passivos trabalhistas. 

Neste artigo, detalhamos o que muda na prática, as novas faixas de tributação e como preparar sua organização para este novo cenário fiscal.

Principais aprendizados deste artigo

  • A isenção do Imposto de Renda foi ampliada para rendimentos de até R$5.000,00 mensais a partir de janeiro de 2026, beneficiando milhões de trabalhadores e alterando o cálculo do salário líquido.
  • Foi criado um mecanismo de “redução do imposto mensal” para rendas entre R$5.000,01 e R$7.350,00, visando suavizar a tributação e evitar o aumento abrupto da carga fiscal para a classe média.
  • As mudanças impactam diretamente a retenção de talentos e as negociações salariais, já que o aumento do salário líquido pode influenciar a percepção de valor da remuneração pelos colaboradores.
  • A adequação exige atualização imediata dos parâmetros nos sistemas de folha de pagamento, garantindo que os novos cálculos de retenção na fonte sejam aplicados corretamente desde o primeiro pagamento do ano.
  • O RH deve atuar estrategicamente na comunicação interna, explicando as mudanças para evitar dúvidas e reforçando o papel estratégico do RH na educação financeira dos times.

O que muda no Imposto de Renda em 2026?

A principal alteração para 2026 é a reestruturação da tabela progressiva mensal, que amplia significativamente a faixa de isenção e altera a lógica de tributação para rendas intermediárias. O governo federal sancionou a Lei nº 15.270/2025, que estabelece a isenção total de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para trabalhadores com rendimentos tributáveis de até R$5.000,00 por mês.

Essa medida altera a dinâmica de descontos em folha para uma parcela expressiva da força de trabalho. Anteriormente, a faixa de isenção era consideravelmente menor, obrigando trabalhadores com renda média a contribuírem com alíquotas iniciais. Agora, o foco da tributação recai sobre as rendas superiores, buscando maior progressividade no sistema tributário.

Além da isenção, a nova lei mantém a estrutura de alíquotas (7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%), mas ajusta os limites de cada faixa. Contudo, a grande novidade técnica é a introdução de um redutor mensal aplicado à base de cálculo para rendas logo acima da faixa de isenção, evitando o chamado “degrau tributário”, onde um pequeno aumento de salário resultava em uma grande “mordida do leão”.

Novas faixas e alíquotas para 2026

A nova tabela do Imposto de Renda 2026 traz uma estrutura desenhada para proteger o poder de compra das faixas salariais iniciais. Para o RH, é fundamental dominar esses novos números para validar os cálculos da folha.

Até R$5.000,00: Isento. Colaboradores nesta faixa não sofrerão qualquer retenção de IR na fonte.

De R$5.000,01 a R$7.350,00: Faixa de transição com redução do imposto. Para estes contribuintes, aplica-se um redutor no cálculo mensal, que diminui conforme a renda se aproxima do teto da faixa. O objetivo é que a alíquota efetiva suba gradualmente, sem saltos bruscos.

Acima de R$7.350,00: Tributação normal conforme a tabela progressiva tradicional, com alíquotas que podem chegar a 27,5%, dependendo do total de rendimentos.

Outra mudança, ainda em discussão, não prevista na Lei 15.270/2025, é a possível isenção total ou parcial sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A eventual alteração exigirá atenção redobrada do RH no momento de calcular e pagar esses bônus.

Impactos na folha de pagamento e rotina do RH

As alterações no Imposto de Renda 2026 impactam profundamente a operação do Departamento Pessoal. O primeiro desafio é a atualização parametrizada dos sistemas. Softwares de folha de pagamento precisarão ser ajustados não apenas com as novas faixas, mas com a nova lógica do desconto simplificado para a faixa de transição. Cálculos manuais ou planilhas tornam-se inviáveis e arriscados diante dessa complexidade.

Financeiramente, a mudança pode alterar o fluxo de caixa da empresa no que tange ao recolhimento de tributos de terceiros. Com menos retenção na fonte para salários até R$5 mil, o valor repassado à Receita Federal diminuirá, mas o líquido pago aos colaboradores aumentará. Isso exige um novo planejamento de tesouraria para garantir a disponibilidade de recursos para os pagamentos líquidos maiores.

Em relação a gestão de benefícios, o aumento da renda líquida para uma grande base de colaboradores pode reduzir a pressão por reajustes salariais imediatos em negociações coletivas. Entretanto, o RH deve estar atento para que a isenção não seja usada como justificativa para congelamento de salários, podendo afetar o clima organizacional e a atratividade da empresa.

A comunicação interna será vital. Em janeiro de 2026, muitos colaboradores vão perceber um aumento no valor líquido recebido e podem ter dúvidas se o cálculo está correto. O RH deve antecipar-se, enviando comunicados explicativos e disponibilizando canais de dúvida, reforçando a transparência e a conformidade da empresa com as leis trabalhistas.

Como preparar sua empresa para as mudanças

A adaptação ao Imposto de Renda 2026 deve começar antes da virada do ano. Recomendamos um checklist de ações para garantir uma transição tranquila:

  • Auditoria de Sistemas: Verifique se seu fornecedor de software de folha de pagamento possui o cronograma de atualização da nova tabela e regras de cálculo. Sistemas desatualizados vão gerar passivos tributários imediatos.
  • Simulação de Cenários: Realize simulações com a folha atual aplicando as regras de 2026. Isso ajudará a prever o impacto financeiro no líquido da folha e a identificar possíveis inconsistências cadastrais.
  • Treinamento da Equipe: Capacite os analistas de DP e RH sobre as novas regras. Eles serão a linha de frente para tirar dúvidas dos colaboradores e fiscalizar a precisão dos processos.
  • Revisão de Políticas de Remuneração: Análise como a isenção impacta seus pacotes de remuneração. Cargos com salários próximos à R$5.000,00 tornam-se mais atrativos, o que pode ser um diferencial competitivo na atração de talentos.
  • Planejamento de PLR: Acompanhe de perto a regulamentação sobre a possível isenção da PLR. Se confirmada, pode ser estratégico rever o modelo de premiação da empresa para maximizar os ganhos líquidos dos colaboradores.

A tecnologia será sua maior aliada. Contar com solução de folha de pagamento robusta, adequada à legislação elimina risco de erro humano e libera o RH para focar na gestão estratégica.

O papel da tecnologia na conformidade fiscal

Em um cenário de regras fiscais complexas e mutáveis, a automação não é mais um diferencial, mas uma exigência de compliance. A LG lugar de gente oferece soluções de folha de pagamento com cálculo automático que garantem aderência total às normas da Receita Federal e do eSocial.

Nossa tecnologia realizará as atualizações legais relacionadas ao IRRF 2026 automaticamente, a partir da segunda quinzena de janeiro de 2026, assegurando que sua empresa aplique a nova tabela do Imposto de Renda 2026, isenções e descontos simplificados sem necessidade de intervenção manual.

Além de mitigar riscos de multas, proporciona segurança jurídica e operacional, permitindo que o RH foque nas pessoas e cultura organizacional, não apenas de burocracias.

Perspectivas futuras para a gestão tributária no RH

As mudanças de 2026 são apenas o início de uma reforma tributária mais ampla que visa simplificar e tornar o sistema mais justo. Para o RH, isso sinaliza um futuro onde a gestão tributária estará cada vez mais integrada à estratégia de remuneração total.

Para aprofundar seu conhecimento sobre todas as mudanças legais que impactarão o setor, baixe nosso e-book completo Legislação de RH para 2026: o que muda e como se preparar com segurança .

Além disso, mostrar ao colaborador que a empresa cuida da conformidade fiscal e se preocupa em maximizar sua renda é uma poderosa ferramenta de engajamento. Portanto, mantenha-se atualizado e conte com parceiros tecnológicos que acompanhem a velocidade dessas transformações.

Garanta tranquilidade e conformidade na sua folha de pagamento com as soluções da LG lugar de gente. Conheça nossa tecnologia para RH e prepare sua empresa para 2026.

Avalie o artigo
Foto de Flaviane Paiva

Flaviane Paiva

Gerente de Marketing da LG lugar de gente, jornalista por formação, com mais de 15 anos de experiência acompanhando as transformações da tecnologia aplicada à gestão do capital humano. Ao longo dessa trajetória, tenho liderado times, enfrentado desafios diversos e me aprofundado em temas de liderança, o que me levou a concluir um MBA em Liderança Estratégica.

Conteúdos relacionados

newsletter

Cadastre-se e receba

nosso conteúdo exclusivo

Você está fornecendo o seu consentimento para a LG lugar de gente para que possamos enviar comunicações de marketing. Você pode revogar o seu consentimento a qualquer momento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.