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Como aliviar os impactos da reoneração da folha de pagamento?

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Anunciada em 2024, a reoneração da folha de pagamento (Lei nº 14.973/24) já saiu do papel.

Agora, 17 setores da economia e municípios com até 156 mil habitantes passam a seguir um cronograma progressivo de retomada da contribuição previdenciária sobre a folha salarial.

Portanto, entre 2025 e 2028, as empresas desses segmentos aumentarão gradualmente o pagamento sobre a folha até atingir 20%, enquanto a alíquota sobre a receita bruta será reduzida até ser extinta.

Continue a leitura para entender como essa transição impacta sua empresa e como se preparar!

Principais aprendizados deste artigo:

  • O que é reoneração da folha de pagamento? Trata-se do retorno gradual do pagamento da contribuição previdenciária patronal, com base nos salários, em vez da receita bruta;
  • A mudança ocorrerá entre 2025 e 2028 e substitui, aos poucos, a desoneração da folha de pagamento por uma contribuição crescente sobre os salários e decrescente sobre a receita bruta;
  • O impacto da reoneração inclui aumento nos encargos trabalhistas, necessidade de ajustes no planejamento de RH e financeiro, mais complexidade nos cálculos e reavaliação de estratégias de contratação;
  • Para o RH se adaptar, é essencial revisar políticas de remuneração, otimizar processos, capacitar equipes e buscar alternativas legais de contratação para equilibrar custo e produtividade;
  • A tecnologia no RH pode facilitar essa transição ao automatizar cálculos, manter a conformidade com a legislação, integrar áreas da empresa e fornecer dados para decisões mais assertivas.

O que é reoneração da folha de pagamento?

A reoneração da folha de pagamento é o processo que retoma a forma tradicional de cobrança da contribuição previdenciária patronal: 20% sobre os salários pagos pelas empresas. Essa mudança substitui o modelo anterior, no qual parte dos segmentos pagava com base na receita bruta, e não na folha salarial.

Na prática, a desoneração permitia que empresas de setores intensivos em mão de obra, como construção civil, confecção e call centers, pagassem uma alíquota menor, entre 1% e 4,5%, sobre o faturamento.

A política de desoneração começou em 2011, como parte do Plano Brasil Maior. O governo buscava, na época, estimular a economia após a crise de 2008, aliviar os custos de produção e dar um respiro à competitividade da indústria nacional.

O número de indústrias beneficiadas cresceu com o tempo. Porém, devido ao peso fiscal da política e à necessidade de reforçar a arrecadação previdenciária, o governo decidiu iniciar a reoneração em 2025 para equilibrar as contas públicas.

Quais setores serão impactados pela reoneração a partir de 2025?

O impacto da reoneração vale para 17 setores estratégicos da economia brasileira. Confira abaixo quais são!

  • Confecção e vestuário;
  • Calçados;
  • Construção civil;
  • Call center;
  • Comunicação;
  • Empresas de construção e obras de infraestrutura;
  • Couro;
  • Fabricação de veículos e carroçarias;
  • Máquinas e equipamentos;
  • Proteína animal;
  • Têxtil;
  • TI (Tecnologia da Informação);
  • TIC (Tecnologia de Comunicação);
  • Projeto de circuitos integrados;
  • Transporte metroferroviário de passageiros;
  • Transporte rodoviário coletivo;
  • Transporte rodoviário de cargas.

Leia também: o que é uma folha de pagamento digital? Entenda como funciona e as vantagens.

Como será a reoneração e quando entrará em vigor?

A reoneração da folha de pagamento ocorrerá em etapas. A partir de 2025, as empresas dos setores afetados pagarão dois tributos ao mesmo tempo: uma porcentagem crescente sobre a folha e uma alíquota decrescente sobre a receita bruta.

O objetivo é suavizar as consequências da mudança e permitir que o mercado se ajuste gradualmente até 2028, quando o modelo antigo será retomado por completo.

Durante esse período de transição, as empresas não precisarão pagar a contribuição sobre o 13º salário.

Confira o cronograma:

  • 2025: as empresas pagarão 5% sobre a folha de pagamento, além de uma alíquota entre 0,8% e 3,6% sobre a receita bruta;
  • 2026: a alíquota sobre a folha sobe para 10%, enquanto a contribuição sobre a receita varia entre 0,6% e 2,7%;
  • 2027: o percentual sobre a folha aumenta para 15%, e a alíquota sobre a receita varia entre 0,4% e 1,8%;
  • 2028: a contribuição patronal volta ao modelo integral, com 20% sobre a folha, e a cobrança sobre a receita bruta é totalmente extinta.

Qual o impacto da reoneração da folha de pagamento para o financeiro?

A mudança afeta diretamente o departamento financeiro das empresas que se beneficiavam da desoneração. A gestão precisa se adaptar para lidar com o custo da folha de pagamento mais alto, novos cálculos e decisões estratégicas sobre pessoas e processos.

As principais repercussões financeiras incluem:

  • aumento do gasto com contratação formal, pois a contribuição previdenciária sobre a folha volta gradualmente até atingir 20%;
  • revisão do planejamento orçamentário, já que os encargos sobre a folha crescem ano a ano e afetam o caixa;
  • mais complexidade nos cálculos tributários, com duas alíquotas simultâneas (folha e receita) durante o período de transição;
  • reestruturação dos custos com pessoal, o que leva as empresas a repensar contratações, benefícios e produtividade;
  • maior demanda por planejamento tributário para avaliar cenários, evitar desperdícios e otimizar legalmente a carga tributária trabalhista;
  • reflexo nas decisões estratégicas, como expansão, terceirização ou manutenção do quadro de funcionários.

Em resumo, a reoneração da folha de pagamento obriga o financeiro a se antecipar, repensar estratégias e buscar eficiência em cada detalhe.

Como o RH pode se adaptar à reoneração da folha de pagamento?

Por mais que a reoneração da folha de pagamento traga desafios reais, não significa que o RH (ou financeiro) precise apenas reagir. Pelo contrário: existem práticas que ajudam a equipe de Recursos Humanos a se antecipar e se adaptar ao novo cenário.

Confira algumas estratégias práticas que o RH pode adotar!

Ajuste nas políticas de contratação, cargos e salários

Revisar a estrutura de remuneração e os critérios de contratação pode equilibrar o orçamento com o valor entregue por cada cargo. É o momento de alinhar os custos da folha de pagamento e produtividade.

Revisão da estrutura de benefícios

Benefícios que geram valor real para o colaborador e que têm custo sustentável devem ganhar prioridade. O RH pode reavaliar o pacote atual e negociar melhores condições com fornecedores.

Otimização dos processos de gestão de pessoas

Automatizar tarefas repetitivas, digitalizar documentos e simplificar fluxos internos libera tempo da equipe e reduz falhas. Essas práticas elevam a eficiência sem aumentar a folha.

Gestão integrada e atualizada da folha de pagamento

A tecnologia precisa acompanhar as mudanças na legislação. Softwares que calculam a folha com precisão, integram dados e atualizam regras tributárias em tempo real são essenciais nesse novo cenário.

Capacitação contínua das equipes de RH e DP

Manter o time atualizado sobre as alterações na legislação previdenciária evita erros e passivos trabalhistas. E mais: garante agilidade na resposta às novas obrigações.

Estratégias alternativas de contratação

Avaliar, dentro da legalidade, modelos como terceirização, contratação de PJs ou MEIs, pode ajudar a compor o quadro de forma mais estratégica e menos onerosa.

Projeções e simulações orçamentárias periódicas

Rodar cenários com diferentes custos e simular o impacto da reoneração nos próximos anos evita sustos no caixa e permite decisões antecipadas.

Como a tecnologia pode facilitar a gestão da reoneração da folha de pagamento?

A tecnologia certa faz toda a diferença na adaptação à reoneração. Com sistemas atualizados, o RH pode automatizar cálculos, acompanhar mudanças legais em tempo real e tomar decisões estratégicas com base em dados confiáveis.

Com a solução da LG lugar de gente, por exemplo, o seu RH pode operar com mais tranquilidade. Nosso sistema oferece:

  • cálculo automático conforme a legislação vigente, para garantir segurança jurídica e minimizar falhas operacionais;
  • integração entre RH, Departamento Pessoal e Financeiro, o que proporciona uma visão ampla e um controle mais eficaz da folha de pagamento;
  • geração de relatórios personalizados e simulações que fortalecem o planejamento tributário e financeiro com base em dados precisos;
  • atualizações constantes e alinhadas às alterações legais e decisões governamentais para assegurar total conformidade;
  • interface intuitiva e processos otimizados, que liberam a equipe para focar em ações estratégicas, em vez de tarefas repetitivas.

Quer adaptar sua empresa à reoneração de forma eficiente e tranquila?

Converse com nossos especialistas e descubra como a tecnologia pode trabalhar a favor do seu RH!

Perguntas frequentes

O que é a reoneração da folha de pagamento?

A reoneração é o retorno da cobrança padrão de 20% sobre os salários pagos pelas empresas. Substitui o modelo anterior, que usava a receita bruta como base para a contribuição previdenciária patronal.

Quais setores serão impactados pela reoneração?

A medida afetará 17 setores-chave, como tecnologia, transporte, construção civil, call center, vestuário, comunicação, proteína animal, têxteis, couro, máquinas e outros com alta demanda de mão de obra.

Como a reoneração afeta os encargos sobre a folha?

Os encargos trabalhistas sobem gradualmente até 2028, quando a alíquota de 20% sobre salários será restabelecida. A mudança aumenta o custo de contratação formal e exige ajustes no planejamento das empresas.

Como o RH pode se preparar para a reoneração?

Para se adaptar, o RH pode rever políticas de contratação, otimizar benefícios, automatizar processos, capacitar equipes e adotar estratégias legais para reduzir o impacto dos novos encargos.

Existe sistema de RH que ajuda no cálculo de encargos após a reoneração?

Sim, soluções como a da LG lugar de gente otimizam cálculos conforme a nova legislação, integram setores e geram relatórios para facilitar o planejamento e evitar erros tributários.

Foto de Flaviane Paiva

Flaviane Paiva

Gerente de Marketing da LG lugar de gente, jornalista por formação, com mais de 15 anos de experiência acompanhando as transformações da tecnologia aplicada à gestão do capital humano. Ao longo dessa trajetória, tenho liderado times, enfrentado desafios diversos e me aprofundado em temas de liderança, o que me levou a concluir um MBA em Liderança Estratégica.

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