4 dicas da Algar para a flexibilização da jornada de trabalho

Desde 2018, a empresa investe no programa Talento Flex que garante mais qualidade de vida aos colaboradores

Desde que a reforma trabalhista, lei nº 13.467, entrou em vigor, ela não sai da pauta do RH. Um dos temas que a nova legislação colocou em debate foi a flexibilização da jornada de trabalho e a relação das empresas com seus colaboradores. O tema não é novidade no mercado de trabalho, mas cada vez mais se mostra fundamental para atração e retenção dos talentos, principalmente, das novas gerações.

Pesquisa divulgada neste ano pelo International Workplace Group (IWG), empresa que oferece espaços de trabalho e escritórios prontos, apontou que 83% dos entrevistados acreditam que a flexibilidade é um argumento decisivo na hora de escolher uma proposta de emprego. O estudo ouviu 15 mil participantes, dentre eles diretores, funcionários, consultores e empreendedores de 80 países, inclusive o Brasil.

Mais produtividade e qualidade de vida

Com essa crescente demanda do mercado e as alterações na legislação trabalhista brasileira, algumas empresas já testam esse novo modelo e apontam bons resultados. É o caso do Grupo Algar, que atua em todo o Brasil e em países da América Latina, nos setores de Tecnologia da Informação e Comunicação, Agronegócio, Serviços e Turismo. O grupo, que conta com o apoio de 19 mil associados — como são chamados seus funcionários — sistematizou um conjunto de situações e regras, instituindo uma política de flexibilização, batizada de “Talento Flex”.

flexibilização da jornada de trabalho

Juliana Fonseca, Gerente de Talentos Humanos do Grupo Algar, explica que a prática foi lançada no final de 2018 com a proposta de proporcionar maior qualidade de vida aos profissionais que atuam no grupo. Ela cita 4 dicas que devem ser consideradas na hora de criar regras para a flexibilização da jornada de trabalho. Confira:

1 – Avalie se o negócio permite a flexibilização

Juliana explica que os funcionários podem escolher entre o cumprimento tradicional dos horários ou os modelos flexíveis, nos cargos em que a atividade desenvolvida permita. Ela conta que, com exceção da rede Aviva, formada pelo Rio Quente Resorts e Costa do Sauípe, as demais organizações que compõem o grupo participam da iniciativa.

Segundo a gerente, um dos pontos que favoreceu a construção da política foi justamente a natureza das atividades das diversas empresas. Como boa parte delas trabalha com projetos, é possível que os funcionários desenvolvam suas demandas de lugares diferentes e não apenas nas dependências das companhias. “Acreditamos que, com a jornada flexível, as pessoas ganham em qualidade de vida, o que gera mais engajamento e, consequentemente, mais resultados. A expectativa é que até 10 mil associados possam se beneficiar das modalidades de horário flexível e home office”, comenta.

2 – Crie políticas com regras claras

Juliana revela que as políticas do programa Talento Flex incluem a jornada intermitente ou redução da jornada e reforçam a aplicação do horário de trabalho flexível e do home office. “O contrato de trabalho intermitente possibilita o cumprimento da jornada em diferentes períodos do dia. Já a redução da jornada é prevista em aditivo de contrato, conforme legislação vigente. Se enquadram nessas duas modalidades os profissionais com ensino superior completo, que recebem salário mensal igual ou duas vezes acima do limite máximo dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), seguindo as regras da reforma trabalhista”, reforça.

Com o horário flexível, o associado tem autonomia para definir o início e fim da sua jornada de trabalho, respeitando a quantidade máxima de horas diárias e semanais permitidas. No caso da modalidade home office, em que o profissional pode trabalhar de forma remota, fora das dependências da empresa, a ausência pode ser limitada a alguns dias da semana ou não, conforme negociação com o superior imediato.

3 – Incentive a transformação cultural

Antes mesmo da reforma, o Grupo Algar já flexibilizava alguns aspectos do trabalho para os associados: “Ausências esporádicas, acordadas com o gestor, para resolver algum problema pessoal, por exemplo, já eram corriqueiras nas empresas do grupo. O que queremos com a política do programa Talento Flex é reforçar essa liberdade com responsabilidade e dar mais autonomia às lideranças para organizar a rotina de trabalho da equipe de forma mais flexível”, destaca a gerente.


Juliana Fonseca, Gerente de Talentos Humanos do Grupo Algar

Juliana ressalta a importância dos departamentos de RH de todas as companhias do grupo para a efetivação do programa Talento Flex. “Por se tratar de uma transformação de cultura, a aplicação do projeto não ocorre de uma hora para outra. Por isso, as áreas de Talentos Humanos das empresas são incentivadas a realizar ações de engajamento permanentes. Assim, é possível garantir a implantação das práticas em todos os setores com cargos que permitam essa flexibilidade, proporcionando a mudança de mindset para uma gestão orientada a resultados, com menos controle e mais entregas”, detalha.

4 – Invista em tecnologia

Para a gerente, a flexibilização da jornada de trabalho no Grupo Algar só é possível graças à tecnologia. Ela destaca a importância das novas soluções nesse cenário. “A facilidade em se conectar às redes corporativas a qualquer hora e local criou novas possibilidades de trabalho, permitindo que a flexibilização aconteça. O controle das corporações passa a ser pela entrega dos projetos, ao invés de ser pela presença física e cumprimento de jornada. O apelo pela qualidade de vida e a disponibilidade de uma tecnologia viável têm feito as empresas buscarem novas ideias para a gestão de pessoas”, ressalta a gerente.

Entretanto, Juliana reforça que as transformações não acontecem apenas por meio da tecnologia. “Ela é excelente, mas não é suficiente. Precisamos de um novo modelo mental que crie uma cultura aberta e favorável às novas práticas e ao novo mundo. E é com essa crença que construímos o posicionamento da Algar, como uma empresa que acredita, acima de tudo, em ‘Gente servindo Gente’ e na tecnologia como meio de promover e facilitar essa interação”, finaliza ela.

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Caroline Fernandes

Caroline Fernandes

Relações Públicas por formação, há mais de 7 anos estudando sobre RH, inovação e a tecnologia como catalisadora para aprimorar os processos de gestão do capital humano. Inspirada pela filosofia de Simon Sinek, acredito que entender de pessoas é entender de negócios. Junte-se a mim para explorarmos como elevar a gestão de pessoas e negócios a novos patamares.

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