Diversidade nas empresas: estudo aponta que ações não geram o impacto esperado

Confira três medidas consideradas básicas para as companhias que querem aumentar a pluralidade de suas equipes

O tema diversidade faz parte da pauta do RH da sua companhia? Nos últimos anos, as discussões sobre o assunto ganharam atenção especial dos executivos. E não é para menos, muitos estudos já revelaram que quanto mais variados os perfis — de competências, gênero, experiência, cultura, idade ou origem social— entre seus líderes e colaboradores, maiores as chances de inovação, característica essencial para manter os negócios. Mas, afinal, as ações realizadas pelas empresas estão apresentando bons resultados? Um levantamento feito pelo Boston Consulting Group (BCG), em 2018, avaliou que não.

De acordo com a pesquisa, realizada com 16.500 pessoas em 14 países como Reino Unido, Estados Unidos, Finlândia, China e Brasil, embora quase todas as empresas tenham programas de diversidade implementados, apenas um quarto dos funcionários, que fazem parte de grupos que são público alvo das ações, disseram que se beneficiam dos projetos. Segundo o relatório, no Brasil apenas 17% dos profissionais que seriam alvo das iniciativas dizem ser beneficiados. Globalmente, o número é um pouco maior, chegando a 25%.

O levantamento revela que a maioria dos líderes corporativos entende, agora, que no ambiente de negócios atual as empresas devem alcançar a diversidade se quiserem adquirir e reter talentos, criar engajamento dos funcionários e melhorar o desempenho dos negócios. No entanto, a pesquisa destacou que as lideranças ainda têm “pontos cegos” em relação à diversidade. Muitas organizações subestimam os obstáculos enfrentados por um funcionário de um grupo diversificado, percebendo um local de trabalho com muito menos preconceito do que realmente existe e lançam programas que acham que trarão melhorias, mas suas decisões são baseadas no instinto e não em dados.

diversidade

Como melhorar as ações de diversidade?

As empresas não podem simplesmente criar programas e esperar resultados. O estudo reforça que é necessário ter foco na implementação, assim como fariam em qualquer outra prioridade de negócios. O sucesso de cada uma das iniciativas de diversidade exige comprometimento das lideranças, abordagem personalizada baseada nas necessidades exclusivas da organização e métricas para medir o progresso.

Que ações apresentariam bons resultados então? Segundo o relatório, as empresas precisam investir em medidas básicas que todos os entrevistados, que fazem parte de grupos diversos, concordam ser eficazes. Confira quais são:

1 – Políticas Antidiscriminatórias

Uma política bem elaborada pode expor os valores da empresa e devem ser comunicadas aos colaboradores com frequência, mostrando que a empresa leva a sério a questão da diversidade. Os entrevistados destacaram que poucas organizações seguem consistentemente suas políticas ou tomam ações decisivas quando surgem problemas.

De acordo com o estudo, quase metade dos trabalhadores LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros) acredita que, mesmo que uma política antidiscriminação esteja em vigor, ela não será aplicada se o seu próprio supervisor não apoiar o grupo. Como resultado, muitos funcionários relutam em relatar problemas.

2 – Treinamento para incentivar a importância da competência cultural

Segundo o levantamento, a maioria dos líderes empresariais acreditam que não são tendenciosos. Entretanto, o preconceito está ligado à natureza humana e a superação desses vieses “inconscientes” pode ser difícil. Nesse sentido, os respondentes acreditam que o treinamento formal pode ajudar as lideranças a identificar seus preconceitos, entender seus efeitos e mudar.

Foi destacado que há muitas maneiras de errar esse treinamento. Por exemplo, algumas empresas contratam fornecedores externos para uma única sessão com duração de algumas horas, mas essa abordagem é insuficiente para enfrentar um desafio tão difundido.

Os melhores programas de treinamento consideram o fato de que todos têm preconceitos e que, embora possam ser uma parte normal do ser humano, eles têm efeitos prejudiciais. É fundamental que os projetos se concentrem em estratégias acionáveis, que devem ser complementados por mudanças nos programas e políticas da empresa.

3 – Mudando a forma de avaliar e promover

Os entrevistados em todas as categorias destacaram a importância do tema. A pesquisa sugere que as companhias comecem a rastrear de forma abrangente as métricas de diversidade relativas às promoções e, em seguida, estabeleçam critérios claros para as avaliações de funcionários e decisões de promoção.

Isso pode ajudar os gerentes a estruturar o feedback de modo que corresponda mais de perto à conclusão de projetos e metas. Com isso, as avaliações ficam menos dependentes de observações baseadas em personalidade que podem estar sujeitas a julgamentos.

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Caroline Fernandes

Caroline Fernandes

Relações Públicas por formação, há mais de 7 anos estudando sobre RH, inovação e a tecnologia como catalisadora para aprimorar os processos de gestão do capital humano. Inspirada pela filosofia de Simon Sinek, acredito que entender de pessoas é entender de negócios. Junte-se a mim para explorarmos como elevar a gestão de pessoas e negócios a novos patamares.

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